Com sete mandatos como vereador, vice-prefeito por duas vezes, secretário de município, o vice-prefeito Sergio Cechin (Progressistas) mostra que um dos principais pilares da política é a articulação. Demonstração que ele deu com a adesão de mais um partido junto à Frente Abraça Santa Maria. Com a chegada do Patriotas, oficializada ainda na última sexta-feira, o progressista reforça suas credenciais como um político "das antigas", mas atento e conectado aos cenários que se apresentam.
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Cechin tem algo que, na política, nem todos os políticos possuem ou, quando têm, não sabem exercer de forma apropriada: a capacidade de ouvir. Essa habilidade, talvez, venha dos tempos em que ele dava aula de matemática na rede estadual de ensino. O fato é que o sucesso da frente construída, até aqui, em torno da pré-candidatura dele ao lado de Francisco Harrisson (MDB), deve ser creditada ao engenheiro civil formado pela UFSM.
A frente, encabeçada por ele que tem como vice Francisco Harrisson, já contabiliza oito partidos. Havendo projeção que este número chegue, em breve, a 10. Dizer que um "frentão" serve apenas para lotear a máquina pública em caso de vitória eleitoral seria uma leitura superficial. Obviamente que há esse risco.
Se eleito, Cechin terá de mostrar que não fez da campanha um balcão de negócios para a distribuição de cargos.
"FRENTÃO"
Ao ter um leque de partidos tão amplo, a Frente Abraça Santa Maria atua em outro front igualmente importante: ter candidatos em número expressivo à vereança - o que, em tese, aumenta as chances de eleger novos parlamentares. Se isso acontecer, Cechin garante - independentemente do resultado eleitoral - que, ao menos, os principais partidos (e os mais expressivos), MDB e Progressistas, tenham assentos no Legislativo a partir de 2021.
Ou seja, governabilidade e oposição, a partir do próximo ano, passam de certa forma pelas mãos de Cechin, que conhece como poucos a Casa do Povo e, principalmente, a articulação e a relação dos dois poderes.
De perfil conciliador e agregador, Cechin é o fiel da balança que todo político gostaria de ter ao lado em uma disputa eleitoral.